Escuro,frio e chuvoso, (ou o dia final de maio...)



Sempre procuro me isolar para melhor entender o que se passa ao meu redor, uma forma de pausa (ou um “slow motion” nas minhas atitudes, se me permitem os puristas...) para recarregar as baterias, tomar um último gole de ar antes de encarar os inúmeros precipícios que me perseguem e fazem companhia....

E dessa forma, mesmo sem destino ou plano de fuga traçado, me deparava tocando em frente emaranhado dentro dos meus devaneios... perdido nos escombros de minha personalidade diversa e vaga, ansiosa de luz, de abrigo...

Perseguindo algo não idealizado, desejando coisas não vistas...me projeto a lugar nenhum, pensando entender tudo que necessito...querendo conhecer outros mundos e passear pelo desespero alheio, me alimentando dos sonhos e distribuindo minha semente de discórdia...

Machuque-me, digo e não te escuto em resposta...

Torne-se matéria e me faça sentir...

Deixe-me voltar a ser humano...apenas por uma vida...

Acredite em meus apelos...chega de delírio...

Quero o gosto das coisas, quero dormir novamente...

Quanto vale o seu cadáver?

Bem legal esse site...você responde algumas perguntas e tem como resultado o valor do seu cadáver...ele serviu para provar que a minha ex-mulher estava enganada. Ela vivia dizendo que eu não valia nada...heheheh.

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Hoje agora e sempre...

Viver como num conto de Jack London, e passando por todos os infernos existenciais possíveis, num roteiro digno de Nietzche, me deparo agora com o até então improvável sentido de recomeço, de reviravolta...o que me causa espanto e alimenta minha imaginação outrora embaçada por excessivas doses de haldol , álcool e música indie...a retomada ao mundo dos vivos está fragmentada ainda mas já se avoluma, toma corpo e nesse feedback forçado sobre o que fora feito nas últimas semanas vejo que precisava cair, me machucar(a dor foi uma conselheira tardia,porém necessária) para poder ressurgir remoçado, inteiro como a muito não o era,intenso e pronto para intensamente viver o inédito, o estranho(coisas que sempre foram evitadas, detesto mudanças bruscas de rotina)...bem se foi preciso passar por todas essas novas experiências( e a vida não é nada mais que uma eterna experimentação de ácido?) é necessário lembrar que descobri que possuo a capacidade de recomeçar, de ser neófito nessa eterna espiral que é viver, não como se fosse o último dos dias...viver como se fosse o primeiro de muitos dias e nessa jornada que se apresenta no horizonte obscuro ter como ponto de equilíbrio e porto seguro alguém que nos segure pelo braço e nos ajude na descoberta do insondável....
Em tempos de gripe tipo "A", esquecemos de mazelas maiores. Esquecemos por exemplo, que várias cidades no norte e nordeste estão embaixo d'água, com surtos de cólera( que os jornais não noticiam), febre amarela e malária e as igualmente fatais enterocolites decorrentes do acúmulo de água contaminada e consumo da mesma. Um médico amigo que clinica em uma dessas regiões alerta para a necessidade de medidas mais drásticas para resolver essa situação.

Um poema( ou canção de despedida)

Me perdi na noite vaga
estranho em meio a meus pares
a alma corroida e o coração turvo
entregando a batalha perdida( agora sei)
e caminhando em silêncio me vou
nada de ópio dessa vez
nem canção que me console
ou abraços de piedade...
seguir em frente...
quando o que se quer é voltar atrás...
e congelar o tempo...naquele último beijo...
e relembrar que um dia tive alma e coração
não há mais o que chorar...
( cláudio soares)